Em eleição realizada dia, 5 de agosto, Paulo Skaf foi eleito
presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), marcando
seu retorno ao cargo que ocupou por mais de 17 anos. Skaf assume oficialmente a
presidência no dia 1º de janeiro de 2026, para um mandato de quatro anos
(2026-2029), substituindo Josué Gomes da Silva, que optou por não disputar a
reeleição.
A votação ocorreu na sede da FIESP, na Avenida Paulista,
reunindo os delegados representantes dos sindicatos industriais filiados. A
eleição teve chapa única o que consolidou seu nome como liderança influente do
setor industrial paulista e nacional.
Retorno ao comando
Paulo Skaf presidiu a FIESP entre 2004 e 2021, somando cinco
mandatos consecutivos à frente da principal entidade da indústria paulista.
Durante esse período, foi também presidente do Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo (CIESP), do SESI-SP e do SENAI-SP, consolidando sua atuação no
Sistema S e na representação empresarial.
Entre suas marcas estão campanhas de grande visibilidade
como a luta contra o aumento de impostos, o movimento "Energia a Preço
Justo" e a firme defesa da desoneração da folha de pagamentos. Sob sua
gestão, o SENAI e o SESI passaram por significativas modernizações, com
investimento em educação técnica, inovação e cultura.
Anos fora da presidência
Nos últimos quatro anos, Skaf manteve-se atuante nos
bastidores do setor produtivo e político, embora afastado da direção da
entidade. Apesar do distanciamento institucional, continuou influente e
frequentemente presente em debates sobre a economia, reforma tributária e
políticas públicas voltadas ao setor industrial.
Durante a gestão de Josué Gomes, a FIESP buscou uma
aproximação maior com o governo federal, postura que gerou divergências
internas e levou a tensões dentro do sistema FIESP/CIESP. A eleição de Skaf
representa, segundo analistas do setor, um movimento de retorno a uma postura
mais combativa da entidade frente a temas como carga tributária, custo Brasil e
políticas industriais.
Desafios do novo mandato
Skaf retorna ao comando da FIESP em um momento desafiador
para a indústria paulista: com juros ainda elevados, insegurança jurídica,
carga tributária em debate e um cenário internacional volátil. Um dos primeiros
temas de sua nova gestão será o posicionamento da entidade frente à
regulamentação da reforma tributária e seus efeitos para o setor industrial.
Em declaração após a confirmação da vitória, Skaf afirmou:
"Retorno com o mesmo entusiasmo do primeiro dia. A
indústria precisa de voz ativa e coragem para defender os interesses do setor
produtivo. Vamos trabalhar com firmeza, diálogo e espírito construtivo, sempre
em favor do Brasil".
O retorno de Paulo Skaf à presidência da FIESP sinaliza uma
nova fase de protagonismo e articulação política para a entidade, resgatando o
estilo firme e articulado que marcou sua longa trajetória à frente da
indústria paulista
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