Em requerimento protocolado na Câmara Municipal, o vereador
Felipe César Filho (FC) solicitou ao Poder Executivo, com cópia à Secretaria de
Educação, informações sobre a previsão de nova licitação para o transporte
escolar municipal, destacando ainda a necessidade de alterações urgentes no
Termo de Referência que norteará o próximo contrato.
O parlamentar chama atenção para o fim iminente do Contrato
nº 201/2021, firmado com a empresa Antunes & Antunes Transporte Escolar
Ltda ME, responsável atualmente pela prestação de serviços de transporte
escolar na cidade. Segundo Felipe César Filho, o atual contrato apresenta
falhas na especificação dos veículos utilizados, o que tem resultado em
problemas significativos, sobretudo para os alunos da zona rural.
“O contrato em vigor permite ampla margem de interpretação
sobre os veículos utilizados, o que abre espaço para a escolha de modelos
inadequados às condições das estradas rurais. Isso impacta diretamente a
frequência dos estudantes e compromete o direito à educação”, explicou o
vereador.
Relatos de usuários do serviço apontam que a empresa
contratada tem definido, de forma unilateral, quais vias são consideradas de
difícil acesso, o que acaba por deixar muitos alunos desassistidos ou obrigados
a caminhar longas distâncias até um ponto de embarque.
Diante disso, o vereador propõe que o novo Termo de
Referência traga exigências mais rigorosas e específicas para garantir a efetiva
prestação de serviços na zona rural. Entre as sugestões, está a inclusão
obrigatória de ônibus escolares do tipo ORE 1 ou ORE 2, com tração 4x4 e
equipados com pneus aro 17.5x6 ou 17.5x6.75, características técnicas
compatíveis com as estradas não pavimentadas e de difícil acesso.
Além disso, Felipe César Filho defende a realização de um
estudo de campo para mapeamento completo dos usuários do serviço escolar, a fim
de garantir que nenhum aluno seja deixado para trás.
“A população rural também tem direito a um transporte
seguro, digno e que garanta o acesso contínuo à escola. É papel do poder
público assegurar esse direito básico”, reforçou.
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