Com produção original do SESI-SP, o espetáculo “Vestígios de Alguém que Não Pôde Falar”,
criação do Núcleo Traços Cia de Teatro,
teve sua estreia em 2024 e já circulou pelos teatros do SESI em diversas
cidades do interior de São Paulo, alcançando um público de mais de 1.200
pessoas. A obra leva ao palco reflexões urgentes sobre o combate ao racismo e a
preservação da infância de crianças negras brasileiras, por meio de uma
dramaturgia sensível e potente, que mescla narrativas ficcionais e relatos
reais.
Com o objetivo de
aprimorar as reflexões em pautas raciais, políticas e sociais, o Núcleo Traços
Fortes chega em Pindamonhangaba, no próximo dia 29 de março, com o espetáculo
“Vestígios de alguém que não pôde falar”. A peça teatral faz parte de uma
duologia que narra a história ficcional de uma menina negra morta a caminho da
escola por balas de policiais. Diante do acontecido, sua mãe enfrenta os
desafios, medos e lutas para honrar a história de sua filha.
Em Pindamonhangaba, o
espetáculo será apresentado no Teatro Galpão, no dia 29 de março, às 20h. Com
classificação indicativa de 14 anos, os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10
(meia-entrada) e podem ser adquiridos através do link: https://linktr.ee/nucleotracosfortes. A apresentação conta com
acessibilidade em libras.
A dramaturgia original é
escrita por João Paulo Santos e Lucas Silveiras, atores, diretores de teatro e
dramaturgos. A história tem como inspiração os contos "Olhos D'água"
e "Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos" de Conceição Evaristo,
além de trabalhar com fragmentos de fatos reais, principalmente, a morte de
Marcos Vinícius, jovem negro de 14 anos atingido por policiais no Complexo da
Maré, enquanto estava a caminho da escola. “O número de casos de crianças e
jovens negros mortos durante operações policiais é alarmante e, o espetáculo
Vestígios de alguém que não pôde falar nasce com o objetivo de evidenciar as
pautas e lutas em prol da infância negra no Brasil. Trata-se de um movimento de
encontro com esperança, de uma nação em que crianças negras sejam ouvidas e
respeitadas”, destaca o diretor Lucas Silveiras.
"De que
cor eram os olhos de minha filha?" .
Durante toda a
apresentação, o público se depara com a pergunta latente e repetitiva que
acompanha a caminhada da personagem 'Mãe' em busca por justiça pela morte de
sua menina. Lembrar a cor dos olhos de alguém é eternizar na memória a
história de quem amamos. O espetáculo é um convite para a reflexão sobre o
luto que a violência urbana leva para muitas famílias, especialmente, as famílias
negras. Como também uma homenagem a tantas mães que perderam seus filhos e
seguem lutando com amor e força.
Para o diretor Lucas
Silveiras, seguir em turnê pelo interior com o espetáculo é empolgante e ao
mesmo tempo desafiador. "Nosso trabalho tem como principal característica
a denúncia. É por meio do teatro que nós do Núcleo Traços Fortes reivindicamos
pautas que consideramos urgentes, como a luta antirracista. E viajar pelo
interior de São Paulo com uma peça que carrega um discurso tão profundo e
necessário é extremamente empolgante. É acreditar que nossa mensagem alcançará
ainda mais pessoas.", conclui.
Solidariedade em cena:
Além disso, o evento
contará com a opção de meia-entrada
solidária, no valor de R$ 10 + a
doação de 1kg de alimento não perecível. Os alimentos arrecadados serão
destinados à CUFA Taubaté – Central Única das Favelas, que fará a distribuição
para famílias em situação de vulnerabilidade nos bairros carentes de Taubaté e
Pindamonhangaba. Importante: não serão
aceitas doações de sal.
Ficha Técnica
Direção: Lucas Silveiras
Elenco: John Brenner e Letícia Delgado
Dramaturgia: João Paulo Santos e Lucas Silveiras
Criação de cenografia: John Brenner, Letícia Delgado e Lucas Silveiras
Criação de figurinos: Bárbara Rocha
Criação de trilha original: Izzy Castro (Twin Pumpkin)
Criação de iluminação: João Paulo Santos
Direção de produção: Lucas Silveiras
Assistente de produção: Julia Borges
Operador: Jonas Albuquerque
Produção original: SESI-SP
Sobre o Núcleo Traços Fortes
O Núcleo Traços Fortes
foi fundado no ano de 2018 por atores e atrizes, educadores e pesquisadores
pretos; e tem como objetivo dar espaços, criar
oportunidades e
instaurar o protagonismo preto em obras e experimentos teatrais. O grupo é
constituído por jovens atores independentes da região metropolitana do Vale do
Paraíba, que se formaram na E.M.A Maestro Fêgo Camargo (Taubaté/SP). Após a
passagem pela escola de artes, as atrizes e os atores sentiram a necessidade de
construir um espaço que possibilitasse um resgate de histórias e narrativas
teatrais que contemplem seus corpos pretos. O Núcleo busca encontrar meios de
operar dentro de uma sociedade racista, implantando atividades e movimentações
artísticas/experimentais como possíveis soluções sociais.
Serviço:
Apresentação
do espetáculo “Vestígios de quem não pôde falar”
Data: 29 de março, às
20h
Local: Teatro Galpão - R. Jadir Figueira, 2750 - Parque das
Nações, Pindamonhangaba - SP, 12420-433
Ingressos
em: https://linktr.ee/nucleotracosfortes
Comunicação
- Núcleo Traços Fortes: Lucas
Silveiras
(41) 98815-1546 | nucleotracosfortes@gmail.com