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Vereadores votam com a administração e ajudam á enterrar á educação de Pinda
Ontem , foi um daqueles capítulos da política de Pindamonhangaba da qual
prefiro esquecer.
Tudo começa nos idos do ano 2015, quando, democraticamente, elaboramos o
Plano Municipal de Educação, em consonância com o Plano Nacional, que
valorizava a gestão democrática, desde as decisões no âmbito da escola até nas
decisões educacionais do município.
Já em dezembro de 2016, após ser provocado pela Procuradoria Geral de
Justiça de SP, o Tribunal de Justiça abriu uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADIn) a fim de sanear algumas coisas que constavam no
Plano de Carreira do Magistério, criado em 2011, como o processo de escolha dos
gestores escolares por indicação do prefeito, mesmo sabendo que em 2015 foi
obedecida a listagem por votação, até aí tudo bem.. só que passou 2017, a
defesa foi feita nesta gestão, mas como disseram os vereadores, muito mal
feita, onde o TJ declarou inconstitucional, fazendo com que as antigas gestoras
de unidade não mais fossem gestoras...começa aí o imbróglio.
Daí até os dias de hoje, as antigas gestoras, agora denominadas
professoras corresponsáveis, com muita maestria vem desempenhando o papel de
gestoras, mas sem regularização, pois a atual gestão não foi capaz de criar
condições para a regularização.
No final de 2018, após entrar com um projeto na Câmara para criar o
cargo de diretor de escola, os vereadores pediram ao MEC para dar um parecer
sobre a constitucionalidade do projeto, o que veio agora em fevereiro, sem
falar nada de como fazer, cabendo o município determinar a forma.
Ocorre que, como eu disse lá em cima, no ano de 2015, após os trâmites
de construção do Plano Municipal de Educação, foi votada pela Câmara e virou
lei, o que deveria ser seguido para a democratização, mas não, atropelaram um
grande trabalho legal, votaram a criação do cargo por concurso e estamos
perigando ao caos na educação (mais do que já estamos), pois com isso poderão
vir diretores que não conhecem as escolas municipais, sua rede de ensino e nada
poderemos fazer contra isso, pois uma vez concursado já vimos como se dá..
Um secretário na retórica diz em democracia, mas na prática é outra
coisa. Me sinto muito entristecido por isso, pois todo o trabalho para o Plano
Municipal de Educação está sendo jogado na lata do lixo, desrespeitando pais e
mães de alunos, funcionários e professores.
O bom de tudo isso é que muitas antigas gestoras que me achavam uma
pedra no sapato delas haverão de dar a mão à palmatória, pois como falei na
minha saída da Secretaria de Educação em 2016 que estaria ao lado delas e não
contra, mas muitas ajudaram a tacar pedras em mim.
Não digo bem feito, mas é um alerta para a vida...nem sempre quem tem
palavras bonitas está ao lado das pessoas..
Entre as palavras bem proferidas e ações bem executadas há um caminho
enorme.
Bora lá tentar garantir a legalidade, pois é pela educação da minha
filha que luto também.
Vejam os vereadores que estão contra á educação da cidade.
