Servidores da Fundação de Saúde e Assistência Municipal (Fusam), de Caçapava, entraram em greve na manhã do dia (3). A paralisação ocorre em protesto contra o corte das refeições e a divisão do valor do vale-alimentação, feitos pela Prefeitura.
A Fusam é o único hospital público de Caçapava. Os serviços essenciais à população estão mantidos. Uma nova assembleia está prevista para esta segunda, às 19 horas, em frente ao hospital.
Há cerca de um mês, o Sindicato dos Servidores Municipais de Caçapava e Jambeiro (Sindserv), filiado à CSP-Conlutas, tenta dialogar com o prefeito de Caçapava, Yan Lopes (Podemos), sem sucesso.A gestão municipal dividiu o valor do vale-alimentação. Antes, o vale integral era de R$ 850. Agora, tanto o vale-alimentação quanto o refeição têm valor de R$ 425.
A Prefeitura também cortou um direito histórico, mantido há mais de 100 anos, que permitia aos servidores se alimentarem no restaurante da Fusam. Com isso, apenas os médicos plantonistas continuam tendo esse direito.
Na quinta (6), haverá uma audiência entre a Fusam e representantes do Sindserv, com o Tribunal de Justiça.
Precarização
Segundo o Sindserv, as condições de trabalho no hospital são precárias. Faltam insumos básicos e há relatos de assédio moral praticado pela administração municipal.
“É um absurdo cortar as refeições e ainda diminuir o valor do vale-alimentação. Os profissionais da Fusam estiveram na linha de frente na pandemia e se dedicam para prestar um bom atendimento à população, mesmo em condições precárias. O mínimo que o prefeito deve é garantir o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, mantendo o vale de R$ 850 e as refeições no restaurante do hospital”, afirma Antônio Macapá, dirigente regional da CSP-Conlutas.

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