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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Desvendando os fatos


 


Saiba a razão da ida da nova planta da GV para Lorena

 

Desde que publicamos no portal Walter Magui Notícias e no Jornal O Regional, edição 381, surgiram grandes questionamentos sobre essa perda significativa de arrecadação de impostos — e, principalmente, de geração de renda e emprego — em Pindamonhangaba.

 A nova planta, que produzirá aço refinado, poderia ter sido instalada em Pinda, caso houvesse interesse do atual prefeito Ricardo Piorino, já eleito. Até o dia 24 de dezembro de 2024, o interesse da GV era manter essa unidade no Vale do Paraíba, especificamente em Pindamonhangaba, onde a empresa já possui uma planta. Até essa data, tudo caminhava para que a nova unidade fosse implantada na cidade. Hoje, o projeto está confirmado para Lorena, mas chegou a ser cogitada também a instalação em Itaúna (MG), onde a GV possui outra unidade.

 Apurando os fatos desde a chegada da GV à cidade, em 2010, durante o governo de João Ribeiro, o grande articulador por trás dessa conquista foi o professor Joaquim Benedito Pereira, que havia disputado a eleição de 2008 pelo PSDB, obtendo 994 votos. Apesar de não ter sido eleito por causa da legenda, ele superou nomes como o dentista Jair Roma e o atual prefeito Ricardo Piorino (então pelo PPS). Mesmo como suplente, assumiu por 15 dias no lugar do saudoso vereador Jairão o professor Joaquim, com seu olhar voltado à geração de empregos para seus alunos, acabou conhecendo os empresários mexicanos que enfrentavam dificuldades com a documentação para se instalar no município — situação comum em várias cidades do país.

 Com essa amizade e vendo o potencial do investimento, Joaquim resolveu conversar com o então governador do Estado, Geraldo Alckmin, contando também com o apoio de Osvaldinho Usier. Um encontro em Pindamonhangaba foi marcado durante o Carnaval de 2011.

 A partir daí, Alckmin e Osvaldinho entraram no circuito, e a cidade passou a comemorar a chegada da GV. A licença de instalação foi liberada em 31 de maio de 2011, protocolo  03002337, e conforme o processo nº 0300 53210 do Governo do Estado de São Paulo.

 Desde então, o diálogo entre a direção da GV do Brasil e a Prefeitura de Pindamonhangaba manteve a empresa na cidade por mais de 14 anos.

Voltando à situação atual, é importante destacar que o professor Joaquim poderia ter sido candidato em 2012, mas optou por não disputar. Em 2020, apoiou sua sobrinha Ana Júlia, e em 2024 apoiou Thiago Chinaqui. Ao longo desses 14 anos, construiu uma amizade sólida com os empresários mexicanos, demonstrando que seu único interesse sempre foi o desenvolvimento de Pindamonhangaba — e não questões político-partidárias.

 Mesmo assim, Joaquim lutou até 24 de dezembro de 2024 para manter a nova planta da GV na cidade. Tentou contato com o prefeito eleito Ricardo Piorino, com o vereador professor Everton Chinaqui,  ecom o vereador “Super-Herói” (apelido mencionado) e com o diretor do Senai, Paulo Torino — todos sem êxito.

 Diante da falta de retorno e sabendo que a empresa ainda pretendia permanecer no Vale do Paraíba, Joaquim, com autorização dos empresários, abriu conversas com Lorena. Foi por meio do parceiro Teco que ocorreu o primeiro contato com o vereador Adilson Sampaio, que se mostrou entusiasmado e levou o assunto ao prefeito Sylvinho Ballerini. O prefeito, junto com sua equipe, visitou as instalações da GV em Pinda, acompanhado do professor Joaquim, que apresentou o novo projeto. Agora, em novembro, Lorena receberá o lançamento da pedra fundamental e o início das obras dessa unidade.

 O investimento, já  ultrapassa R$ 80 milhões podendo chegar na casa dos 5 Bilhões , será feito com recursos próprios do grupo mexicano. A nova planta, que produzirá aço refinado (ou aço especial), será instalada em uma área de mais de 1 milhão de metros quadrados, próxima à Faculdade de Engenharia da USP. A estimativa é de geração de aproximadamente 1.300 empregos diretos e indiretos durante a construção e operação.

 O mais triste, ao conversar com meu amigo pessoal professor Joaquim, é perceber a emoção e a decepção em seu olhar diante da perda desse grande investimento — uma oportunidade de emprego, renda e arrecadação para Pindamonhangaba.

Mas o que o consola é saber que lutou incansavelmente, por 14 anos, para que esse empreendimento permanecesse na querida “Princesa do Norte”.

 

Matéria exclusiva
Walter Magui

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