A Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba realiza nesta
terça-feira, 05 de Agosto de 2025, uma sessão ordinária para leitura e
tramitação do Projeto de Lei nº 225/2025, de autoria da vereadora Ana Paula
Goffi (União Brasil), que propõe a revogação integral da Lei nº 6.961/2025,
responsável por instituir a chamada Taxa do Lixo no município.
Entre os principais pontos destacados na justificativa do
projeto estão:
A tramitação relâmpago da lei, aprovada em menos de 24 horas
úteis, sem audiência pública, análise técnico-financeira ou debate com a
sociedade, desrespeitando os princípios da transparência e da participação
popular;
A utilização de um Plano Municipal de Resíduos Sólidos
desatualizado, de 2017, que deveria ter sido obrigatoriamente revisado em 2021,
segundo a própria legislação municipal (Lei nº 6.407/2021, art. 7º).
Além das irregularidades, a autora do projeto destaca que
não há qualquer renúncia de receita ou vício de iniciativa. A taxa ainda não
foi incluída na Lei Orçamentária Anual (LOA) e só passaria a gerar efeitos a
partir de 1º de janeiro de 2026, conforme determina o art. 150, inciso III,
alíneas "b" e "c", da Constituição Federal.
O PL 225/2025 ainda precisa ser apreciado pela Comissão de
Justiça da Câmara, composta por três parlamentares: a própria autora, Ana Paula
Goffi, além dos vereadores Professor Everton Chinaqui e Felipinho César .
Nos bastidores, há indícios de que os membros da base
governista devem manobrar para adiar a análise do projeto, impedindo que o tema
chegue ao plenário nas próximas semanas. Ana Paula Goffi, no entanto, declarou
que não medirá esforços para garantir que o projeto seja votado ainda neste
semestre.
Pindamonhangaba pode seguir exemplo de outras cidades
A iniciativa segue o exemplo de outros municípios
brasileiros que revogaram suas taxas de lixo, reconhecendo os mesmos vícios e
impactos negativos. É o caso de Guarulhos (SP), que anulou a cobrança por meio
da Lei nº 8.043/2022, e de Fortaleza (CE), que debate atualmente o PL nº
009/2025, também com vistas à revogação.
Ana Paula Goffi afirma que, ao aprovar esse projeto,
Pindamonhangaba dará um passo firme na direção da justiça tributária, da
legalidade e do respeito ao cidadão. A população diz que náo é justo que
se pague por uma taxa criada de forma
arbitrária, sem debate, sem estudo e sem critério técnico. Essa revogação é um
dever moral e constitucional.
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