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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O NOVO ENDIVIDAMENTO DE PINDAMONHANGABA: UM CHEQUE EM BRANCO ÀS CUSTAS DO CONTRIBUINTE

 


 

Chegou dia 13 à Câmara Municipal, em caráter de urgência, o Projeto de Lei Ordinária nº 273/2025, que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito com a Caixa Econômica Federal, com ou sem a garantia da União, e dá outras providências. Em outras palavras: a Prefeitura quer autorização para endividar Pindamonhangaba em mais R$ 20 milhões.

 Vale lembrar que, segundo o Cadastro de Dívida Pública (CDP), nossa cidade já acumula aproximadamente R$ 100 milhões em dívidas. Mesmo assim, o prefeito parece ter sede por mais crédito.

 Para “levantar mais dinheiro”, foi criada a famigerada Taxa do Lixo, que começará a ser cobrada já no próximo ano. Coincidentemente — ou não — esse novo empréstimo tem carência de 12 meses, o que significa que o pagamento só se inicia justamente quando a taxa entrar em vigor. Ou seja, o prefeito já está contando com o ovo… antes mesmo da galinha botar.

 Quem acreditou que a taxa do lixo serviria para melhorar a coleta, reciclagem ou destinação correta dos resíduos está agora percebendo a realidade: o que vai para o lixo é o dinheiro do contribuinte, usado para tapar buracos de um caixa cada vez mais endividado.

 E não para por aí. Há apenas dez dias, foi convocada uma sessão extraordinária para revogar a Lei Municipal nº 6.652, que estabelecia critérios claros para apresentação de projetos de lei voltados à contratação de empréstimos. Essa lei exigia transparência: definição do objeto, local de aplicação dos recursos, motivação e detalhamento da execução. Com a revogação, o Executivo ficou livre para enviar propostas como essa atual — um verdadeiro cheque em branco.

 O Projeto de Lei nº 273/2025 sequer especifica para onde vai o dinheiro, quais obras ou ações serão feitas, ou qual é a real necessidade dessa operação de crédito. É pedir para a Câmara assinar embaixo sem saber o que está assinando.

 Trata-se de um absurdo e um total desrespeito à população. Nesse circo, o cidadão é feito de palhaço e ainda paga o ingresso com juros e correção monetária.

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