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Procurador Antonio Florêncio |
A
Assembleia dos servidores da Prefeitura de Pindamonhangaba terminou, no
início da noite deontem (18.3), com Daniel Ramos dentro
da viatura da Polícia Militar e com os servidores públicos rejeitando
por unanimidade o Banco de Horas.
Com
a presença expressiva dos servidores públicos municipais o Presidente
do Sindicato dos Servidores Daniel Ramos iniciou a Assembleia nomeando,
de forma arbitrária e unilateral, o servidor público de nome Osvaldo
para representar os interesses de todos os servidores municipais.
Imediatamente as centenas de servidores presentes discordaram da
nomeação e, por aclamação, pediram que o servidor
Fabrício representasse, na mesa da Assembleia, os interesses da
categoria.
Em atitude
totalmente anti-democrática, soberba e de desrespeito aos servidores
públicos presentes que queriam debater as propostas que constavam na
pauta, o Presidente Daniel Ramos gritou ao microfone que a Assembleia
estava encerrada. Por esta atitude e pelo seu histórico como Presidente
do Sindicato, Daniel Ramos foi hostilizado pela totalidade dos
servidores presentes e, com medo de sofrer um linchamento, solicitou a
presença de viatura da Polícia Militar para sair do local. Um grupo liderado pelo servidor Fabrício continuou a Assembleia e colocou em
votação os vários itens que constavam na pauta. Por unanimidade foram aprovados
a reposição salarial da inflação de 11%, o pagamento de várias verbas
trabalhistas que estão sendo sonegadas pela Prefeitura (DSR,
periculosidade, etc.) e rejeitado, com muita força, o Banco de
Horas proposto pela Prefeitura. Fato que causou grande tristeza durante
o desenrolar da Assembleia, quando Fabrício dialogava tranquila e
democraticamente com os servidores, foi a explosão de uma bomba bem
perto dos servidores e da comissão que desenvolvia a Assembleia.
Finalmente,
ficou evidente que todos os servidores presentes estão muito
descontentes com o Presidente do Sindicato dos Servidores e com as
condições de trabalho e salários nos diversos Setores da Prefeitura. O
excesso de cargos comissionados, que onera demasiadamente a folha de
salários e impede o aumento salarial aos concursados, o desrespeito da
Prefeitura ao não pagar as verbas trabalhistas já conquistadas na
Justiça e constantes da CLT, assim como, a falta de um plano de carreira
foram os temas mais debatidos pelos servidores e que estão causando
revolta aos quase 4 mil servidores concursados. Fato é que com esse
cenário de desrespeito e desorganização perdem os servidores que
não se sentem prestigiados e perdem os munícipes que não têm acesso à
serviços públicos de qualidade.
Verdade
é que o Município de Pindamonhangaba que não pode contratar servidores
concursados (Médicos, Enfermeiros, profissionais da saúde )
devido à proibição do Tribunal de Justiça com base em irregularidades
nas leis que disciplinam o cargos e atribuições dos agentes públicos,
que tem um Prefeito que sofreu duas condenações por improbidade
administrativa nos últimos 6 meses (contratos de reforma do Museu e
contrato de 3 milhões de reais de recapeamento asfáltico) e que não
cumpriu quase nada do prometido em campanha, que tem vereadores
processados por utilizarem veículos oficiais para viagens particulares
(em reportagem no Fantástico) e que tem uma Sistema de Saúde onde faltam
médicos e medicamentos, não tem nada a comemorar nos últimos anos.