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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Professor Iago fala sobre o Pix Automático, ferramenta que promete facilitar pagamentos e reduzir custos



Economista destaca os benefícios da automatização para a organização financeira das famílias e a inclusão de pequenos negócios


Desde sua criação em 2020, o Pix transformou o sistema de pagamentos no Brasil. Hoje, ele já é o meio mais utilizado no país, superando cartões de crédito e boletos, com 73% de adesão entre os brasileiros. Agora, uma nova funcionalidade promete ir além: o Pix Automático.

Segundo o professor e economista Iago Aguiar, a principal diferença entre o Pix tradicional e o automático está na programação dos pagamentos. “O Pix automático funciona de forma parecida com o débito automático, mas com menos burocracia”, explica. A inovação permitirá que empresas enviem cobranças programadas, previamente autorizadas pelo cliente, diretamente pelo aplicativo do banco.

Diferente do sistema de débito automático — que exige que a empresa e o cliente tenham vínculo com a mesma instituição financeira — o Pix automático será mais flexível. Isso permitirá, por exemplo, que contas de consumo, mensalidades, assinaturas ou financiamentos sejam pagos de forma prática e com maior abrangência.

O processo é simples: a empresa cadastra a cobrança, e o cliente autoriza o débito automático via aplicativo bancário, definindo um valor máximo para cada cobrança. Não haverá custos para pessoas físicas, enquanto empresas poderão ter tarifas específicas, que devem variar conforme cada banco. “Hoje, empresas gastam muito com boletos. O Pix automático pode reduzir esses custos e tornar os processos mais ágeis”, afirma o professor.

Além da praticidade, a ferramenta pode contribuir com a organização financeira dos usuários, evitando atrasos e, consequentemente, multas e juros. “Essa é uma inovação que melhora a vida do consumidor e também das empresas, promovendo uma economia mais fluida e menos burocrática”, reforça Iago.

Entretanto, ele alerta para a necessidade de atenção com a segurança. “As ferramentas digitais aumentaram o risco de golpes. É fundamental que os bancos mantenham todas as etapas de segurança e que os usuários estejam atentos às autorizações que concedem”, orienta.

Outro ponto importante é a possibilidade de cancelamento: o cliente poderá revogar a autorização do Pix automático a qualquer momento, inclusive suspender um pagamento até o dia anterior à data programada. “Isso é essencial, especialmente em casos de cobranças indevidas, como uma conta de energia com valor anormal. O consumidor poderá contestar antes de o pagamento ser efetivado”, explica.

A novidade também deve impulsionar a inclusão de pequenos negócios na era da automação financeira. “Essa ferramenta é inovadora porque democratiza o acesso à automatização de cobranças. Pequenos empreendedores, que antes dependiam de sistemas mais caros, agora terão uma alternativa viável e acessível”, conclui o economista.

A ferramenta entrou em funcionamento na última segunda-feira, dia 16 de junho reforçando a aposta do Banco Central em tecnologias que tornam o sistema financeiro mais eficiente, acessível e inclusivo.

 

Iago Aguiar é economista e coordenador do Centro Universitário UNIFASC. Também exerce as funções de vice-diretor da FACIC, delegado do CORECON/SP e diretor financeiro da APAE de Pindamonhangaba

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